Água, mulher e fertilidade!
As mulheres gostam da maternidade.
A identificação da mulher com as forças da natureza água, terra, ar e fogo, lhes são trazidas desde os primórdios.
Se realmente houve a descoberta do fogo com o atrito feito por pedras, tenho certeza de que foi uma mulher que fez isso.
Acredito que a mulher inventou a roda também.
Não vejo a mulher dos tempos antigos como um ser humano sem atuação no seu convívio social.
A mulher identifica tudo que está próximo e tudo que está longe. Não é uma questão mística, é uma questão da sobrevivência.
Muitos quadros antigos, retratam mulheres carregando jarros, bacias ou potes enormes de água.
A água sempre foi um símbolo de fertilidade, a água traz a vida por muitos caminhos, e as mulheres são um desses caminhos para que se realize o maior espetáculo da natureza, a vida!
Sem objetivo de nominatas, as fêmeas de todas as espécies são trazidas de uma vida e assim segue continuamente a saga da fertilidade.
A natureza por vezes é quase perfeita, somente religiosos fundamentalistas crêem na natureza perfeita. A ciência acredita na constante transformação e evolução, ainda há sistemas muito precários na natureza, como os vírus e até mesmo as bactérias.
Religiosos fundamentalistas dizem que vírus e bactérias são obras de Deus! Enfim, podemos respeitar este ponto de vista. Apenas respeitar.
Nós seres humanos, podemos compreender o simbolismo e a dinâmica da água na vida das mulheres. Se fecharmos os olhos por um instante e tentar lembrar de nossos primeiros banhos não conseguiremos, mas as nossas mães lembram. E ocorre essa memória afetiva com a água porque ela nos remete à vida e ao estado de estarmos vivos, por vezes próximos ao mar ou a uma cachoeira ou até mesmo um riacho.
Da nossa infância, do nosso início em meio ao líquido amniótico e até a vida adulta, bebemos água para viver e precisamos da água para sentir a vida.

